As pessoas mudam

Há algum tempo atrás, é provável que andasse mais perverso, saiu-me o Lolita. Agora deu este:




You're Loosely Based!

by Storey Clayton

While most people haven't heard of you, you're a really good and
interesting person. Rather clever and witty, you crack a lot of jokes about the world
around you. You do have a serious side, however, where your interest covers the homeless
and the inequalities of society. You're good at bringing people together, but they keep
asking you what your name means.

It means Jesus Cristo Todo Poderoso. :)



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Do título

O título foi dado por Ela. Eu bem o podia ter procurado que o não teria encontrado. Andava à procura dele e já pensava em desistir. Ocorria-me um ou outro, mas nenhum parecia funcionar, nenhum chegava para me agradar. Aporema, disse Ela. E eu fiquei parado, pensativo, a digerir o termo. Aporema é um silogismo dubitativo que demonstra o valor igual de dois raciocínios contrários. Tem a ver contigo, acrescentou. Com aquilo que escreves e com aquilo que és, que agora conheço os dois, ou imagino conhecer, que isto certezas, já se sabe, ninguém as tem, e tu muito menos, que tens a mania dos aporemas, se não o sabias, a saber o ficas.

Levei algum tempo a decidir. Depois pensei: E porque não Aporema? Se tem ou não a ver comigo, não sei. mas se tiver, devo confessar que me chateia um bocado. Está uma pessoa para aqui a pensar, contente com as suas ilusões, que é pessoa de convicção, de ideias claras e definidas, de pão pão, queijo queijo, e depois alguém nos diz que se calhar não é bem assim, que a coisa é mais aporemática do que à primeira vista parece. Que não é assim tão evidente. Que o pensamento é contraditório e a razão dubitativa. Mas vá-se lá saber porquê todos acabamos por nos iludir em relação a nós próprios. E felizmente, e ao contrário do que se pensa e diz, a desilusão existe, e um dia a benfazeja Aurora, ou outro nome qualquer ela tenha, vem para nos despertar, e dizer que já basta disto ou daquilo, que é tempo de voltar ao combate, que é lá que os Deuses nos querem, para que enquanto sangramos eles possam descansar.

Santo Deus dos aflitos! Tudo isto, direis vós, só por causa do título de um blog. Haja paciência, que a pouca que temos já nos vai faltando. O que queríamos saber, na verdade, é sobre o que vai versar o blog, se vai ou não despertar o nosso interesse, se aqui vamos voltar muitas vezes ou se a primeira será a definitiva, e não deixará saudade. A isso, como podeis imaginar, não sei eu responder. A tanto não chegam as minhas poucas luzes. Mas já vai sendo tempo de começar. Fica este como o primeiro post. E logo se vê o que a seguir virá.